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#TribunaDeMinas #Economia #JuizDeFora (15:31): A economia brasileira cresceu 3,4% em 2024, a maior expansão desde 2021. O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) – conjunto de bens e serviços produzidos no país – foi divulgado nesta sexta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Diante disso, o Brasil ocupa a sétima posição no ranking de 40 países que apresentaram dados de crescimento econômico referente ao ano passado. A listagem é elaborada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
De acordo com o IBGE, o PIB brasileiro chega a R$ 11,7 trilhões. O PIB per capita – que representa o PIB dividido pelo número de habitantes – alcançou R$ 55.247,45, um avanço de 3% ante 2023, já descontada a inflação.
Confira o resultado do PIB nos últimos anos:
2020 (início da pandemia): -3,3% 2021: 4,8% 2022: 3% 2023: 3,2% 2024: 3,4% LEIA TAMBÉM: Governo desiste de criar teto de isenção de Imposto de Renda para doenças graves Desempenho por atividades O PIB pode ser calculado pela ótica da produção (análise do desempenho das atividades econômicas) ou do consumo (gastos e investimentos).
Pelo lado da produção, o IBGE destaca que três segmentos foram responsáveis por cerca da metade do crescimento do PIB em 2024: outras atividades de serviços (5,3%), indústria de transformação (3,8%) e comércio (3,8%).
A agropecuária apresentou queda depois de ter crescido 16,3% em 2023. Entre os motivos para o recuo estão efeitos climáticos diversos, que impactaram várias culturas importantes da lavoura, tendo como destaque a soja (-4,6%) e o milho (-12,5%).
Pelo lado do consumo, houve expansão de 4,8% do consumo das famílias. De acordo com a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, a explicação está ligada à disponibilidade de renda para a população.
“Para o consumo das famílias tivemos uma conjunção positiva, como os programas de transferência de renda do governo, a continuação da melhoria do mercado de trabalho e os juros que foram, em média, mais baixos que em 2023”, analisa.
O Brasil terminou 2024 com taxa de desemprego de 6,6%, a menor já registrada. Segundo o IBGE, a taxa básica de juros (Selic) média de 2024 ficou em 10,9% ao ano (a.a.), contra 13% a.a. em 2023.
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que representa os investimentos, também foram destaque, com alta de 7,3%. Apesar de ser uma alta superior ao consumo das famílias, tem peso menor no cálculo do PIB. O consumo do governo cresceu 1,9%
As importações apresentaram alta de 14,7% em 2024; e as exportações, 2,9%.
Inflação e juros impactaram último trimestre No quarto trimestre, a economia expandiu 0,2%, o que é considerável estabilidade. Para Palis, um dos motivos de o país não ter crescido mais nos últimos três meses do ano foi a inflação e o aumento dos juros – medida do Banco Central para combater o aumento de preços, porém com efeito de freio na atividade econômica.
“No quarto trimestre de 2024, o que chama atenção é que o PIB ficou praticamente estável, com crescimento nos investimentos, mas com queda no consumo das famílias. Isso porque no quarto trimestre tivemos um pouco de aceleração da inflação, principalmente a de alimentos”, diz Palis.
“Continuamos tendo melhoria no mercado de trabalho, mas com uma taxa já não tão alta. E os juros começaram a subir em setembro do ano passado, o que já impactou no quarto trimestre.”
Ranking A OCDE lista informações sobre o crescimento do PIB de 39 países. País mais populoso do mundo, com mais de 1,4 bilhão de habitantes, a Índia lidera o ranking de crescimento, com taxa anual de 6,7%. Em seguida aparecem China e Indonésia, ambos com expansão de 5%.
O primeiro país das Américas a figurar no ranking é a Costa Rica, que cresceu 4,3% em 2024. Os Estados Unidos, maior economia do mundo, têm a 11ª maior alta (2,8%).
O salto do PIB do Brasil foi superior à média dos países da OCDE, da União Europeia e do Grupo dos 7 (G7, países mais industrializados do mundo: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Reino Unido).
Índia: 6,7% Indonésia: 5% China: 5% Costa Rica: 4,3% Dinamarca: 3,6% Brasil: 3,4% Espanha: 3,2% Turquia: 3,2% Polônia: 2,9% Estados Unidos: 2,8% Lituânia: 2,7% Noruega: 2,1% Eslováquia: 2% Coreia: 2% Portugal: 1,9% Colômbia: 1,7% Eslovênia: 1,6% Canadá: 1,5% México: 1,5% Suíça: 1,3% Arábia Saudita: 1,3% França: 1,2% República Tcheca: 1,1% Austrália: 1,1% Bélgica: 1% Suécia: 1% Países Baixos: 0,9% Reino Unido: 0,9% Itália: 0,7% África do Sul: 0,6% Hungria: 0,5% Islândia: 0,5% Israel: 0,1% ...
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