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#TribunaDeMinas # #JuizDeFora (08:00): https://tribunademinas.com.br/wp-content/uploads/2023/06/tribunalivre_destacada.jpg Falta mais de um ano, mas não se iludam: a sucessão presidencial, e nos estados, já domina a política brasileira. E dominar não significa apenas concentrar os debates, os arranjos. Pior: significa colocar uma trava nas decisões. Daqui para a frente, qualquer mudança, mesmo as fundamentais para o país, terá resistências, de um lado e de outro, todos pensando nas urnas de 2026.
Até aqui, já são três os pré-candidatos declarados: Lula tentando o quarto mandato; Zema, do Novo, que deve deixar o governo de Minas logo no início do ano; e Ronaldo Caiado, do União Brasil, que disputa pela segunda vez a presidência – a primeira foi em 1989. Mas a chamada “direita” tem ainda outros postulantes que deverão ser lançados. A esquerda, ao que parece, fica mesmo só com Lula.
Por enquanto, a sucessão presidencial domina o quadro político. Na maioria dos estados, como em Minas Gerais, ainda há muita indefinição. O vice Mateus Simões, que assume o governo com a desincompatibilização de Zema, é o único candidato definido. Tentará a reeleição. A esquerda, ou Lula, tenta convencer o senador Rodrigo Pacheco, do PSD, a entrar na disputa. Mas ele prefere uma vaga no STF, caso o ministro Luís Roberto Barroso se aposente mesmo em setembro, como tem dito que fará.
Mas muito do que se discute, se articula hoje, pode mudar a partir do mês que vem, quando o STF começa a julgar Bolsonaro. A sua condenação – que parece certa – ou sua absolvição – um milagre – impacta profundamente a política e, consequentemente, as disputas sucessórias.
A condenação, com certeza, vai esfriar sua influência no processo, o que, aliás, já começa a ser sentida nos discursos de alguns pré-candidatos. Uma improvável absolvição coloca fogo nas disputas, fortalecendo os radicais e, com certeza, aumentando a pressão dos Estados Unidos sobre o país, o que, certamente, fará ressurgir o sentimento antiamericano, que dividia o país nos anos 1950.
Enfim, é bom nos prepararmos. Há muitas incertezas no ar. Incertezas, muitas delas, alimentadas pela falta de responsabilidade e de patriotismo de muitos – Eduardo Bolsonaro é o melhor exemplo – que alimentam ações contra o Brasil, como o tarifaço de Donald Trump, que vai prejudicar muitos setores da economia. Uma medida que, espera-se, vá se esvaziando pela ação competente do vice Geraldo Alckmin, que tem conversado – o que Lula não sabe fazer – mundo afora, buscando uma saída para nossas exportações.
*Paulo César de Oliveira – jornalista e diretor-geral da revista Viver Brasil
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