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#TribunaDeMinas # #JuizDeFora (08:00): https://tribunademinas.com.br/wp-content/uploads/2023/06/tribunalivre_destacada.jpg Ao final de cada ano, as Igrejas cristãs celebram o Deus que se faz criança para renovar o mundo com sua presença. E como precisamos renovar essa força e alimentar a Esperança neste ano de 2025 que foi, sob muitos aspectos, um ano de trevas! É um tempo em que a humanidade aposta na força das armas como forma de resolver as desavenças entre povos, grupos sociais e até mesmo nas famílias. Embora a mídia amenize as imagens mais chocantes de massacres, não é possível fazer de conta que este foi um ano tranquilo porque é a violência que tem triunfado. Se fecharmos os olhos para essa realidade feia, a celebração do Natal não vai alimentar a Esperança de tempos melhores. Para que a celebração natalina seja realmente uma fonte de Esperança, prestemos mais atenção à mensagem do anjo aos pastores, que está no Evangelho de Lucas (2, 9-14).
Esse singelo relato merece ser meditado com carinho, porque o anjo – mensageiro de Deus – ao anunciar o nascimento de um menino que é o Salvador, diz que isso é motivo de “grande alegria para todo o povo”. E continua: “junta-se ao anjo uma multidão do exército celeste, que louva a Deus, dizendo: “Glória a Deus nas alturas e paz na Terra aos homens por Ele amados”. Este é o núcleo do anúncio: a Glória de Deus, “no mais alto dos céus”, completa-se pela “Paz na Terra à Humanidade que Ele ama”. Se faltar a Paz na Terra, a Glória de Deus fica incompleta. E é esta a triste realidade do mundo atual: a violência dos fortes contra os mais fracos – incluída aí a natureza – é um atentado contra a Glória de Deus.
Nosso desafio é celebrar o Natal com a grande alegria prometida pelo Anjo. Para isso, o primeiro passo é deixar de lado o Papai Noel com seu festival de luzes que fascinam mas não iluminam o mundo, encarar a feia realidade em que estamos inseridos e, mesmo assim, cantar a glória de Deus. Se cremos que o menino que nasceu é o Salvador prometido, a alegria da sua chegada não precisa ser provocada por luzes artificiais: ela brota da Fé em Deus e “a Fé não costuma falhar”. Deus não promete o que não pode cumprir. É claro que a Salvação que vem de nosso Deus nada tem a ver com um rei poderoso, à frente de um exército protegido por um porta-aviões gigantesco, um esquadrão de drones e uma bateria de mísseis capazes de eliminar qualquer adversário. A Salvação que vem de Deus vem como uma criança, um menino frágil, nascido numa família sem-teto que precisa se abrigar no espaço destinado aos animais. Mas é por causa dele que os anjos dão glória a Deus e prometem Paz na Terra: esse menino traz Amor que deve multiplicar-se até encher a Terra de Paz. E como precisamos hoje de Paz na Terra!
A palavra bíblica para Paz é “shalom”: mais do que a mera tranquilidade da ausência de conflitos, ela expressa o estado de plenitude, de justiça, no qual a felicidade é assegurada pelo triunfo do Direito. Essa Paz só pode ser fruto maduro do Amor. Por isso, ela faz a Glória de Deus.
Lutando pela Paz com Justiça, neste Natal vamos abandonar toda aposta na violência e juntar nossas vozes num magnífico “glória a Deus”! Feliz Natal, leitor ou leitora!
*Equipe “Igreja em Marcha” – Grupo de Leigos Católicos
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